Face a esta situação, a equipa da Angola-Online, procurou saber mais por parte de alguns crentes sobre este assunto, e estes disseram-nos que muitas destas igrejas existem porque os seus co-fundadores pretendem lucrar com o nome de Deus.
“Acho que 70% das igrejas existem com objectivos financeiros e somente a minoria é que tentam buscar a verdade sobre Deus, os seus princípios e conselhos”, disse António Bernardo.
E quanto a sua legalização, o António Bernardo disse que “a maioria não está legalizada e o estado deveria intervir e impedir que qualquer um abra uma igreja a fim de ganhar lucros”.
O relatório refere que a cada quarteirão de centros urbanos de Luanda existem cerca de cinco denominações religiosas, a maioria localizadas em bairros criados depois da independência do país, entre 1979 a 1990, designadamente Palanca, Rocha Pinto, Mabor, Petrangol, Golfo I e II.
A seguir a Luanda, as províncias com mais igrejas por reconhecer são: Cabinda (33), Moxico (11), Huíla (10), Zaire e Uíge cada uma com (nove), e com menor número estão Malange, Lunda Sul e Cunene (uma cada).
É importante recordar que o documento foi elaborado para servir de apoio ao debate mensal sobre a "Laicidade do Estado, a Liberdade Religiosa e o Respeito pela Lei e os Direitos Fundamentais em Angola", tema proposto pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido maioritário.
Texto de Pedro Nvakata