Há, pelo menos, sete alertas vermelhos no site da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), para suspeitos angolanos foragidos da Justiça em diferentes países, constatou o Novo Jornal, após uma pesquisa no site da referida instituição. Trata-se de cinco homens e duas mulheres, procurados por assassinato, sequestro, roubo e porte ilegal de arma de fogo.
Ao Novo Jornal, uma fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC), sem avançar detalhes sobre a investigação, explicou tratar-se de uma lista de conhecimento das autoridades nacionais e sublinhou que a cooperação policial internacional é feita através do Gabinete Nacional da Interpol em Angola, que emite os mandados para a captura de cidadãos em fuga para o exterior.
"O nosso gabinete da Interpol presta todas as informações necessárias para que os outros países consigam localizar estas pessoas. É um trabalho muito avançado", disse um alto quadro da Interpol em Angola.
A Interpol é uma organização internacional, cujo objecto social passa pela filiação de todas as polícias do mundo, no âmbito do combate à criminalidade transnacional organizada. Actualmente, a organização conta com 190 países-membros.
Ao ter o nome incluído na lista vermelha da Interpol, a pessoa pode ser presa por qualquer força policial do país em que esteja e que seja membro da organização.
Angola está filiada à Interpol desde 06 de Outubro de 1982. De acordo com o antigo director nacional da Interpol em Angola, Destino Pedro Nsevilu, em entrevista ao Jornal de Angola, até Setembro de 2019, o País emitiu 21 alertas vermelhas. Destes, 13 para cidadãos angolanos e oito de outras nacionalidades.