A denúncia foi feita pelas pacientes depois de observarem o comportamento condenável do kimbandeiro. Segundo uma das vítimas que revela ter procurado acompanhada do marido os serviços espírita por causa da morte dos quatro filhos, Magalhães Pinto, alegou que os seus familiares e vizinhos que estavam a lhe perseguir tentavam lhe matar, para evitar a morte tinha de dar os seus bens, incluindo a casa. “Com medo”, diz a vítima, entregou a casa ao kimbandeiro, que depois exigiu namora-la para não morrer.

Uma outra vítima que diz ter dificuldade em engravidar, conta que procurou o kimbandeiro, sob orientação da esposa do mesmo, sendo uma conhecida sua. Posto no consultório, o kimbandeiro cobrou 60 mil kwanzas, um valor que o esposo da vítima implorou que baixasse, mas o pedido não foi aceite. Depois do pagamento, o kimbandeiro orienta a vítima que não fosse com o marido as consultas, e fez saber que a solução para engravidar passaria em envolverem-se sexualmente. Um método de tratamento recusado pela paciente que em seguida fez a denúncia.

Já detido, Magalhães Pinto, nega as acusações e alega que as pacientes deram-no os seus bens por não terem possibilidade de pagar o tratamento, e em nenhum momento tentou ou violou uma das pacientes.

Este caso que ocorreu no município da Kissama, em Luanda, é o segundo noticiado pela Angola-Online, este ano, de lembrar que o curandeiro Jota Jota, também foi acusado pelas pacientes de abuso sexual e extorsão.