FMI preocupado com a inflação em Angola
O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Angola, Ricardo Velloso, reuniu na quarta-feira, em Luanda com o Ministro das Finanças Archer Mangueira, e alertou a necessidade de medidas que ajudem a diminuir a elevada inflação que o país ainda apresenta, acima dos 2% ao mês.
Foto de DW

A reunião consta da agenda do representante do FMI em Angola que poderá ter outras reuniões técnicas com o Governo e outras instituições, com vista à preparação das consultas anuais ao abrigo do artigo IV, que deverão ter lugar no final do ano, com o executivo que resultar das eleições gerais de Agosto.

Ao falar à imprensa depois do encontro mantido com Ministério das Finanças, Ricardo Velloso, destacou que a inflação angolana ainda está muito resiliente, apesar das políticas importantes aplicadas nos últimos meses pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

O responsável da FMI sublinhou que no ano de 2016, entre Janeiro e Dezembro, a inflação ultrapassou os 40%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o que continua a ameaçar a retomada da economia angolana, afectada pela baixa do preço do petróleo no mercado internacional.

O líder do FMI fez saber também que a actual preocupação da sua organização cinge-se na necessidade de relançar o crescimento económico angolano de uma maneira duradoura para os próximos anos, além de baixar a inflação mensal dos actuais 2% a 2,5% ao mês para níveis mais aceitáveis, mas também encontrar métodos de como continuar a reforçar o sistema bancário e financeiro do país.

"É uma medida muito importante, que ajuda no controlo da inflação e ajuda a reduzir o diferencial entre a taxa de câmbio do mercado de rua e a taxa oficial", considerou o chefe da missão do FMI.

No ano passado o défice do PIB apresentado é de 4,1%, enquanto para este ano o FMI estima um agravamento para 6,7%.

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