"Foi vandalizada na madrugada desde domingo. Danificaram a estrutura que tínhamos pintado, os assentos e o tapete. Destruíram a biblioteca!", contou Arante Kivuvu, um dos responsáveis do projecto, assegurando que a biblioteca comunitária está, agora, inativa.
Os mentores do projecto dizem não fazerem a mínima ideia de quem serão os responsáveis por este acto criminoso.
"Infelizmente a biblioteca fica paralisada! Mas estamos a fazer os possíveis para voltarmos a coloca-la a funcionar outra vez porque os leitores estão tristes com tudo isto", lamentou Arante Kivuvu.
Conforme este responsável, a Polícia Nacional já estar a par do sucedido naquela biblioteca comunitária, conhecida como "Despadronizada".
Arante Kivuvu atesta que os moradores de Viana, sobretudo os da zona da Robaldina, estão chocados com o que ocorreu na biblioteca.
"Infelizmente não temos apoios próprios, funcionamos com aquilo que achamos ter para oferecer. Neste momento, precisamos de ajuda para a reestruturação da biblioteca", explicou.
Sobre o assunto, a comando municipal da Polícia Nacional em Viana garante que está a par da ocorrência e que trabalha para encontrar os responsáveis.
Com mais de 2.700 livros, a biblioteca "Despadronizada" acolhia diariamente entre 150 a 200 leitores. Criada em Setembro de 2020, devido à pandemia de covid-19, a biblioteca comunitária surgiu como uma iniciativa de dois jovens, Arante Kivuvu e Dago Nível, que utilizavam a ponte para vender cigarros e uísque.
Arante Kivuvu garante que a biblioteca "Despadronizada" tem acolhido várias actividades, desde a formação profissional dos jovens, debates sobre literatura, poesia e xadrez, de forma grátis.
Segundo o responsável, os moradores das redondezas, e não só, oferecem livros para aumentar o acervo da biblioteca.
A pedonal era antes um lugar desconfortável, com cheiro de urina e fezes, os jovens transformaram-na num espaço cultural.