Banco Económico na eminência de fechar portas
Se BNA não salvar o banco, fechará portas.

Capitalizar o banco por via dos depósitos dos clientes não resolve o problema da falta de liquidez. Alguns dos maiores depositantes têm receio de em caso de uma falência mais tarde possam ser chamados a indemnizar os credores. Fechar o Económico não deverá ser solução porque banco é "too big to fail

A solução encontrada pelo Banco Nacional de Angola (BNA) para salvar o Banco Económico (BE) através dos depósitos dos maiores depositantes tarda em sair do papel e não resolve o principal problema do banco que é a falta de liquidez, admitem vários banqueiros ao Expansão, que defendem a nacionalização do ex-BESA para evitar males maiores ao sistema financeiro nacional e até aos cofres públicos.

A avaliação à qualidade dos activos dos maiores bancos nacionais feita pelo BNA no final de 2019, numa iniciativa acordada com o FMI, destapou as necessidades de capitalização em algumas das instituições bancárias que actuam em Angola, como foi o caso do Banco Económico, que não publica relatórios e contas desde 2018.

Há praticamente três anos que o BNA e o BE têm procurado uma solução que garanta a continuidade de operações, já que dado o seu peso no sistema financeiro nacional um eventual encerramento teria efeitos nocivos sobre o sistema financeiro. No final de Junho de 2020, a assembleia geral de accionistas - já sem a Lektron Capital de Manuel Vicente e Kopelipa na estrutura - aprovou uma recapitalização de 416 mil milhões Kz a realizar até ao final daquele ano. Só que entretanto os accionistas Sonangol (70,38%), Geni Novas Tecnologias do general Dino (19,90%) e o português Novo Banco (9,72%) não chegaram a entrar com o dinheiro.

Assim, o banco central avançou com uma solução que passava pela troca de uma parte dos depósitos dos clientes com mais de 3 mil milhões Kz no banco em acções da futura estrutura accionista. Depois de vários meses à espera da entrada em vigor da nova lei do Regime Geral das Instituições Financeiras (Lei n.º 14/21 de 19 de Maio), que conferiu maior poder ao banco central para intervir nos bancos, essa solução que consta no plano de restruturação entregue pela administração do BE ao supervisor, continua em "banho-maria".

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