“A questão é que o BNA e o Governo decidiram que a moeda externa deveria ser disponibilizada de acordo com as prioridades do Governo”, observou o PCA do BIC, em declarações a jornalistas, acrescentando que não sabe “se é assim que está a ser feito”.
Segundo o jornal Valor Económico, o Presidente do BIC, Fernando Teles, afirmou que, face à política adoptada pelo BNA, muitos clientes têm sido preteridos. Por outro lado, denunciou haver situações em que clientes que têm kwanzas para adquirir a moeda externa, no caso o euro, são preteridos, a favor dos que não têm kwanzas para a transacção. “Se me perguntarem se estou satisfeito com isso, não, não estou”, desabafou Teles.
Teles, garantiu que o BIC, tem priorizado verbas cambiais para os casos complexos, como empresas com dificuldades de importar produtos, e pessoas doentes que buscam tratamento no exterior. Ainda assim, nem sempre chega. “Há empresas com a corda no pescoço e outras a encerrar devido à escassez de dólares”, concluiu.