Convidada a dissertar numa palestra com o tema “Comunicação Social e segredo de Justiça na luta contra a corrupção”, enquadrada nas comemorações do 44º aniversário da Angop, a magistrada do Ministério Público disse que, em dois anos, a cultura de denúncia por parte da população cresceu significativamente, sobretudo no que se refere à prestação dos servidores públicos.

Com efeito, Yemanjá Videira encorajou os jornalistas a formalizarem, nos órgãos de Justiça, as denúncias que fazem nos meios de comunicação social, para que os processos possam ser instruídos. Garantiu que toda a participação formal que chega à PGR em carta, via correio electrónico ou por telefone, tem sido mantida em sigilo.

A formalização da denúncia, disse, vai servir para fornecer pistas a serem seguidas pelo Ministério Público. Alertou para a necessidade de os jornalistas primarem pelo rigor da informação, sob pena de incorrem nos crimes de difamação, calúnia e injúria.

Em relação ao papel esclarecedor da comunicação social na luta contra a corrupção, a procuradora considerou que a mesma é positiva, mas encorajou os jornalistas a formalizarem as denúncias nos órgãos competentes e não apenas passá-las nos médias.