Angolano sofre insulto racista e é agredido na Ucrânia
O jovem angolano Bruno Vaidade, conhecido como Papa Grande da Ucraniana, kudurista e estudante na Ucrânia, foi alvo de insulto racista e agredido fisicamente por quatro ucranianos durante uma viagem de comboio.
Reprodução

O triste acontecimento deu-se na noite do passado dia 11 de Novembro, sábado, quando o jovem angolano kudurista saía da festa de celebração dos 42 anos da independência de Angola, organizada pela comunidade angolana na Ucrânia, em Dnipra, onde teve uma brilhante actuação. Triste, Bruno Vaidade conta a Angola-Online que subiu ao comboio com destino a casa sem nenhuma complicação, teve a necessidade de carregar o telemóvel mas a fonte eléctrica perto de si não estava boa, então, decidiu carregar na outra carruagem.  

Posto lá, a recepção por parte do responsável que estava em companhia de um homem alcoolizado e uma mulher, todos ucranianos, foi simpática. “De onde és? O que fazes cá? Gostas da Ucrânia?”, questionou o responsável pela carruagem. Rapidamente Bruno respondeu: “sou angolano e canto kuduro” e sem demora começou a cantar a sua nova música em ucraniano, sem sequer terminar foi interrompido pelo jovem ucraniano que estava em estado de embriaguez, dizendo ao seu compatriota “deixa de falar com este preto, é estrangeiro”. 

Em reacção, Bruno levantou-se e foi ao seu antigo lugar. Passando alguns minutos o responsável da carruagem dirigia-se ao banheiro e deu-lhe conta e voltou a conversar. Irado, o jovem saiu do seu lugar para o encontro de Bruno, insultou-o, este partiu pela ignorância, e despercebidamente foi agredido com um soco, em resposta o angolano tentou se defender e por cima de si vieram três ucranianos e o atestaram com um copo na cabeça e o chamavam por nomes racistas. 

O jovem angolano estudante do quarto ano do curso de Petróleo e Gás, foi acudido pelo responsável da carruagem e não teve ferimentos.  

Este não é o primeiro caso de racismo e agressão física em que africanos são alvos, particularmente angolanos, neste país, muitos casos já foram denunciados a polícia ucraniana que arquiva os processos. Um recente caso foi alvo também um angolano, uma polícia amiga dos angolanos quando questionada sobre o andamento do processo confessou que não teria êxito porque são “estrangeiros.”

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