UNITA vai processar Mateus Rodrigues, porta-voz da Polícia Nacional
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão política da UNITA considerou "graves" as acusações feitas pelo porta-voz da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, que acusou o principal partido da oposição de ser responsável pela desordem e arruaça que ocorreu em várias cidades do País durante a manifestação de sábado contra a subida dos preços da gasolina e o fim da venda ambulante.

"A UNITA é o partido fundador da democracia em Angola, por isso, tem as suas acções bem assentes nos seus princípios e valores e, nos marcos do Estado de Direito Democrático, pelo que considera descabidas, intolerantes e politicamente motivadas as declarações proferidas pelo porta-voz da Polícia Nacional", lê-se numa declaração desta formação política divulgada esta quarta-feira.

Neste âmbito, a UNITA volta-se ainda para os media estatais ou sob tutela estatal e "denuncia e condena veementemente" a postura instrumental e parcial assumida pela TPA e TV Zimbo, que em momento algum contactaram a direcção da UNITA para observar um princípio básico do jornalismo credível e independente, ouvir o contraditório, desrespeitando assim a Constituição e a lei.

"A Polícia Nacional, enquanto órgão republicano deve ter uma postura apartidária, imparcial e responsável e, abster-se de agir como mero instrumento de interesses contrários aos desígnios nacionais", refere a declaração, sublinhando que a UNITA "pondera e reserva-se no direito de mover um processo-crime contra o porta-voz da Polícia Nacional pelos crimes de calúnia e difamação".

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, repudia a postura violenta da Polícia Nacional contra os jovens que se manifestaram, sábado passado, e recorda que não foi a direcção da UNITA que adoptou medidas políticas que agravaram a crise socioeconómica que o país vive hoje mas sim o Governo do MPLA..

O partido do "Galo Negro" está ciente da "estratégia de distracção do partido-Estado em transferir o ónus do fracasso da governação para a UNITA, quando este decorre, claramente, da incapacidade e insensibilidade do partido-Estado responder e corresponder às demandas da sociedade".

"Num Estado verdadeiramente Democrático e de Direito, os cidadãos são livres de se associar ou participar de reuniões públicas ou privadas, pelo que a UNITA entende ser um direito pessoal e inalienável a participação dos seus membros, enquanto cidadãos angolanos, nas referidas reuniões ou manifestações, independente das funções que exercem no partido ou na Assembleia Nacional", esclarece.

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