TPA, RNA, Edições Novembro e Angop com prejuízo de 10,4 mil milhões apesar de gordos subsídios 
No ano passado, o agregado das empresas públicas do sector da comunicação encaixou dos cofres públicos pouco mais de 30 mil milhões de kwanzas para sua manutenção, contra os mais 25,9 mil milhões Kz consumidos de subsídios operacionais em 2021.

No exercício económico de 2022, as empresas públicas do sector da comunicação social registaram prejuízo acumulado de 10,4 mil milhões de kwanzas, equivalente a um resultado negativo de 12,6 milhões de dólares, à luz da taxa de câmbio média actual do Banco Nacional de Angola (BNA), calculou o Novo Jornal no relatório agregado divulgado recentemente pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

Entretanto, como foi possível observar no relatório supramencionado, os dados mostram uma redução de 15% nos prejuízos dos órgãos de comunicação, sendo que, em 2021, o leque de quatro meios, designadamente Televisão Pública de Angola (TPA), Edições Novembro, que detém o Jornal de Angola, Agência Angola Press (ANGOP) e Rádio Nacional de Angola (RNA), verificou perdas na ordem dos 12 mil milhões Kz.

À semelhança do exercício económico de 2021, entre as quatro empresas de comunicação pública, a TPA apresentou o maior resultado negativo, tendo perdas de 13,2 mil milhões Kz, contra os 12 mil milhões Kz verificados no ano antepassado, traduzindo num aumento de 1,2 mil milhões.

A "agudizar" a situação de prejuízos na área de comunicação social pública está a RNA, que "disparou" no que toca aos prejuízos, atingindo, assim, o resultado negativo na ordem dos 648,9 milhões Kz, contra o prejuízo de 42,4 milhões de kwanzas contabilizados no desempenho de 2021, observou o NJ.

O exercício económico de 2022 dos meios de comunicação social só não foi pior pelo facto de a única agência de notícias estatal e a Edições Novembro registarem resultados positivos acumulado de 3,5 mil milhões Kz.

No leque dessas duas empresas com contas positivas, o que mais contribuiu para o aligeiramento dos prejuízos apresentados ao accionista Estado foi a Edições de Novembro, saindo da "linha vermelha" de pouco mais de 123 milhões Kz, em 2021, para o desempenho positivo de 2,5 mil milhões de Kz no ano passado.

Já a única agência de notícias estatal, a ANGOP, como observou este semanário nos relatórios do IGAPE, contribuiu para a redução dos danos financeiros da indústria de informação, com a reversão do seu quadro de prejuízos de 23 milhões em 2021, para o resultado líquido positivo de 912,1 milhões Kz no ano transacto.

Os quatro órgãos receberam subsídios operacionais na ordem dos 30,2 mil milhões Kz

Em 2022, a TPA, RNA, Edições de Novembro e ANGOP consumiram, em subsídios operacionais dados pelo Estado, pouco mais de 30,2 mil milhões de kwanzas, contra os 25,9 mil milhões gastos em 2021, apreciou o NJ os relatórios do IGAPE.

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