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A entidade que auditou o relatório e contas da empresa de Transporte Colectivo Urbano de Luanda (TCUL) atesta que não obteve extractos bancários de quatro instituições financeiras que comprovam que a transportadora pública efectuou depósitos de 1,9 milhões de kwanzas, como o conselho de administração da operadora alega nas demonstrações financeiras de 2018.
"Não obtivemos, até à presente data, os extractos bancários relativamente aos bancos que a empresa possuiu transacções ao longo do exercício de 2018", indica a auditora independente Contas e Resultados.
Trata-se de depósitos bancários avaliados em 1,9 milhões de kwanzas nas contas bancárias da TCUL no Banco de Poupança e Crédito (BPC), Banco de Comércio e Indústria (BCI), Banco Comercial Angolano (BCA) e no Banco Angolano de Investimentos (BAI), verificou o NJ na rubrica disponibilidade do relatório e contas da transportadora.
O documento assinala, entretanto, que ao longo de 2018 a TCUL efectuou depósito à ordem no valor de 126,8 milhões de kwanzas em dez dos 26 bancos que operam no sistema financeiro nacional, representando um crescimento de 122% face ao depósito de 57,2 milhões de kwanzas efectuado no ano anterior.
Na sua base para opinião com reservas, a auditora, Contas e Resultados acresce, adicionalmente, que para as contas que obtiveram extractos bancários existem "itens de reconciliações com maior antiguidade, "saldos parados desde 2014", e que já foram referenciados na carta de comentários do exercício de 2017 e que até ao momento a empresa não vem regularizar esses saldos".
Já na rubrica "contas a pagar adiantamentos de clientes", até Dezembro de 2018, inclui um saldo na ordem dos 35,5 milhões de kwanzas com discrição "depósitos de clientes a identificar", mas que, de acordo com o auditor, "a empresa até a presente data não conseguiu justificar e/ou nos facultar o detalhe destas regularizações a efectuarem, sendo que este saldo vem desde os exercícios anteriores e que poderão ter impacto em disponibilidades.
Consequentemente, não nos é possível concluir quanto aos eventuais efeitos destes assuntos nas demonstrações" da TCUL, aponta a consultora.
NJ