Pai é condenado a 8 meses de prisão por bater colega da filha em plena escola
O Tribunal da Comarca de Luanda condenou esta quarta-feira,21, a oito meses de prisão efectiva, um encarregado de educação, de 52 anos, que agrediu fisicamente um menor de oito, colega da sua filha, no interior do colégio onde os meninos estudavam, por não gostar da brincadeira dos meninos.

O agressor, que tem mais de 1,80 metro de altura e um porte físico que se assemelha a um pugilista de pesos-pesados, foi igualmente condenado a indemnizar os pais do menino na quantia de um milhão de kwanzas.

O homem não foi conduzido à cadeia porque o seu advogado interpôs recurso da decisão com efeito suspensivo e o tribunal anuiu. Por isso vai aguardar pelo recurso ao Tribunal Supremo em liberdade.

Segundo o tribunal, a agressão ocorreu no dia 31 de Agosto de 2018, no interior do Colégio Caracol, onde os menores estudavam.

Carlos Alberto Menezes, o encarregado agressor, dirigiu-se ao colégio por volta das 9:00, com a finalidade de deixar a sua filha de oito anos.

O tribunal refere que o cidadão não se foi embora e permaneceu no interior da viatura a observar as crianças, em particular a sua filha, que brincava no pátio do colégio.

Foi neste período que se apercebeu que havia um menino da idade da sua filha que fazia uma brincadeira que ele não achou correcto, refere a acusação.

O homem desceu então da viatura, dirigiu-se ao menino e, com a sua mão esquerda, desferiu uma violenta bofetada na face direita do menor, que caiu ao chão de imediato e desatou a chorar.

A juíza da causa, Joline Bragança, disse que ficou provado em tribunal que o réu se negou a assumir agressão aos pais da criança ofendida e à direcção do colégio.

"Em tom de arrogância e soberba disse que o menor molestava a sua filha, e pediu inclusive que o colégio colocasse as imagens de vigilância de modo a verem que ele falava a verdade. Quando foram mostradas as imagens verificou-se o contrário", disse a juíza Joline Bragança, afirmando que o menor ficou perturbado e precisou de acompanhamento psicológico.

Segundo a juíza, os encarregados devem respeitar os filhos dos outros assim como querem que os seus sejam respeitados.

"As palavras e o acto do réu, Carlos Alberto Menezes, não convenceram o tribunal, por isso, em nome do povo, é condenado a oito anos de prisão efectiva pelos crimes de violência doméstica, na vertente física, e psicológica", disse a juíza.

Carlos Alberto Menezes foi igualmente condenado a pagar uma taxa de justiça de 150 mil kwanzas.

Eugénia Lunga, mãe do menino agredido, disse que a justiça foi feita e que vai entregar o valor da indemnização ao Instituto Nacional da Criança (INAC).

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