Omatapalo usa ″fórmula Carrinho″ no apoio à produção em fase de carência de alimentos   
Em meio a indicadores de "crise humanitária", como a "choradeira" de famílias devido à suspensão do Kwenda em vários pontos do País e a presença de cidadãos na recolha de grãos na via pública, Omatapalo anuncia apoio à agricultura familiar. Programa, no essencial idêntico ao implementado pela Carrinho, surge como resposta à insegurança alimentar, o fenómeno que levou o PR a aprovar um adicional ao OGE.

Qualquer que seja a estratégia do Executivo tendente a dinamizar a economia, como se viu no anúncio de medidas para o desagravar do custo de vida, a primazia reside na produção nacional, que tem como aliado, agora, um "gigante" da construção civil, agarrado a técnicas usadas já por aquela que será a maior empresa angolana na área alimentar.

O mesmo é dizer que a Omatapalo se junta ao Grupo Carrinho Empreendimentos, gestor da Reserva Estratégica Alimentar (REA), no fomento à produção nacional, oferecendo meios a agentes do sector familiar, responsável por quase 90% da produção interna.

Nesta empreitada, a partir deste ano, na sequência das celebrações do seu vigésimo aniversário, assinalado no passado mês de Junho, a construtora angolana vai abrir os cordões à bolsa sem esperar por retorno, conforme sublinhou fonte ligada à área de comunicação.

Camponeses da região Sul vão receber sementes, fertilizantes, ferramentas e formação especializada, num exercício que visa dar resposta aos desafios do combate à fome, de acordo com um comunicado distribuído à imprensa.

Por esta via, a região Sul, a Omatapalo, que faz parceria com o Banco Alimentar de Angola, tenciona incentivar a produção, apoiar o desenvolvimento sustentável e combater a insegurança alimentar em todo o País.

Vários segmentos da sociedade, unânimes, louvam a iniciativa, mas um deles, a União Nacional dos Camponeses, pede um programa inclusivo, com produtores também na elaboração.

"Ainda não fomos chamados, está a faltar informação, é preciso espalhar a mensagem", ressalta um alto dirigente da UNACA - região Sul. Na mesma linha de pensamento, o consultor social João Misselo da Silva, quadro da Organização Humanitária Internacional (OHI), diz esperar que o apoio seja parte de um programa de corporação e responsabilidade social da empresa.

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