Obras nas centralidades  ‘a todo o vapor’ a  seis meses das eleições
Fonte da empresa de construção civil do grupo Mitrelli garante ter as obras concluídas antes de Agosto. E assegura a construção sem receber, por enquanto, qualquer kwanza.

Fonte da empresa de construção civil do grupo Mitrelli garante ter as obras concluídas antes de Agosto. E assegura a construção sem receber, por enquanto, qualquer kwanza.

O Governo está a trabalhar ‘a todo o vapor’ para terminar a construção de algumas centralidades antes das eleições gerais, previstas para Agosto.

O ritmo das obras “é constante” e os planos prevêem que algumas possam ser já inauguradas até Julho ou mesmo antes. Só há uma parte de uma centralidade, a do Bengo, que deve terminar até ao final do ano.

As obras que estão a cargo da Kora, o ‘braço’ da construção civil e imobiliário do grupo israelita Mitrelli, são as que estão com maior nível de “aceleração”, segundo soube o Valor Económico de fonte da empresa.

A Kora tem até subcontratado empresas para garantir que os prazos sejam “cumpridos” e tem "indicação superior" de que devem trabalhar durante os fins-de-semana.

A centralidade do Kalawenda, no Cazenga, por exemplo, já tem mais de 300 habitações “praticamente concluídas”. As de Cabinda, do Cunene, do Bengo e do Bailundo também estão na forja. Cabinda vai contar com três mil residências, Cunene e Bengo mil. A centralidade do Bailundo três mil.

O esforço é de tal ordem que o grupo israelita assume os riscos: para a construção das centralidades, a Kora não recebeu qualquer verba. Está a construir acumulando dívidas.

VENDAS EM BREVE

Além de fogos habitacionais, os projectos das centralidades contemplam a construção de estações de tratamentos de águas residuais (Etar), escolas, centros de saúde e espaços verdes.

O processo de venda destes projectos ainda não está definido. O Governo já tem, entretanto, este trimestre como horizonte temporal para iniciar a comercialização e justifica a pressa com a “pressão da procura habitacional”. Em entrevista recente à Angop, o director nacional da Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território (Minopo), Adérito Mohamed, revelou que o Governo pretende retomar o processo de venda a partir do primeiro trimestre deste ano, após a conclusão das obras das infra-estruturas internas e externas dos diferentes projectos habitacionais.

Neste trimestre, a Kora prevê colocar à disposição moradias de diversas tipologias das urbanizações do Bailundo (Huambo), com três mil casas, e Luena (Moxico), que tem 425 residências.

A comercialização inclui residências nas urbanizações do Kuito (Bié), com 398 habitações e a reabilitação de algumas moradias vandalizadas na centralidade do Kapari (Bengo).

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