Morreu o padre Jorge Casimiro Congo e o bispo de Cabinda pede à família que permitam fazer a missa de corpo presente 
O padre Jorge Casimiro Congo morreu quinta-feira, 06, no Hospital Geral de Cabinda, vítima de doença, aos 71 anos. Era um conhecido activista pela autonomia de Cabinda e foi preso diversas vezes pelas autoridades angolanas.

Participou também em 2003 na constituição da Associação Cívica de Cabinda "Mpalabanda" que viria a ser extinta pelo tribunal em 2005, por alegada subversão à ordem constitucional e atentatório ao Estado unitário.

Foi antigo secretário da Educação, Ciência e Tecnologia de Cabinda, quando o actual ministro do Interior Eugénio Laborinho, era governador provincial.

Enquanto responsável da educação revolucionou o ensino no enclave. Avançou com reformas no sector e as crianças em algumas escolas passaram pela primeira a vez a usar uniformes com os tecidos africanos.

Casimiro Congo era até à data da sua morte bispo da igreja Católica das Américas em Angola.

Nasceu no dia 08 de Março 1952, em Lândana, município de Kakongo, província de Cabinda.

Em reacção à morte do padre Congo, o bispo de Cabinda, Belmiro Cuica Chissengueti, descreveu-o como sendo um " homem de grande inteligência e de vasta cultura. É das grandes referências da igreja Católica em Cabinda".

"Deu um grande contributo na pregação, na dinamização da liturgia, na criação de um cancioneiro adaptado à realidade de Cabinda, na criação de grupos apostólicos locais como os samaritanos, Massuela, Lutambi e tantos outros", destacou o bispo que conheceu o padre em Agosto de 1985 quando chegou a Lândana para o curso propedêutico à filosofia.

"Era sempre o primeiro a manifestar solidariedade nos momentos difíceis da diocese, sobretudo nos óbitos de sacerdotes, fazendo questão de estar presente. Aliou-se à igreja Católica das Américas porque queria continuar a servir como sacerdote", referiu frisando que o seu desejo é o de presidir à sua missa de corpo presente na imaculada Conceição ou em São Tiago Maior de Lândana.

"Oxalá, a família e os seus membros mo permitam", terminou o bispo.

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