Um dos arguidos foi absolvido pelo tribunal por insuficiência de provas, visto que não ficou provada a sua participação nos crimes de que era acusado.
Antes, os sete arguidos condenados foram absolvidos dos crimes de danos com violência, ofensas simples, associação criminosa, furto qualificado, ameaças e atentado contra a segurança dos transportes.
Os jovens foram condenados apenas pelos crimes de participação em motim e de desobediência à ordem de dispersão bem como ao pagamento de uma taxa de justiça no valor de 50 mil kwanzas cada.
A audiência teve início no dia 25 de Janeiro, na 14.ª secção da sala dos crimes comuns do Tribunal do Benfica, e chegou ao fim esta quinta-feira, 20.
O partido MPLA, na qualidade de queixoso, dizia que os actos criminosos resultaram em danos avaliados em mais de 90 milhões de kwanzas, o que não ficou provado em sede de audiência.
Avelino Pedro, advogado do MPLA, disse que não ficou satisfeito com condenação dos arguidos e que o partido irá recorrer da decisão.
"Não estamos satisfeitos com a pena. O juiz não teve uma postura rigorosa do ponto de vista da abordagem na sua decisão", disse o causídico.
"Se os arguidos em liberdades nunca compareceram em tribunal então deviam ser responsabilizados", disse o defensor, afirmando não estar satisfeito também pelo facto de os arguidos apenas serem condenados por dois crimes.
Segundo Avelino Pedro, o MPLA vai recorrer da decisão do Tribunal de comarca de Belas para responsabilizar os autores e assegura que não foi feita justiça.