Jovem sequestra irmãos para os vender a rede de traficantes
Uma jovem de 18 anos da província da Huíla está a ser acusada pelo Comando Provincial da Huíla da Polícia Nacional (PN) de tráfico humano depois de ter sequestrado os irmãos e mais uma conhecida em troca de 50 mil kwanzas por cada criança.

Segundo o Departamento de Investigação de Ilícitos Penais da PN-Huíla, as autoridades conseguiram frustrar a venda dos irmãos da jovem, mas a outra menor foi mesmo "vendida", porque aconteceu uma semana antes do processo dos seus irmãos.

A PN-Huíla esclareceu que "a acusada faz parte de uma rede de tráfico de seres humanos, liderada por cidadãos de nacionalidade congolesa e esta tinha a responsabilidade de localizar as crianças, que são os seus principais alvos".

Uma semana antes de ter sequestrado os seus próprios irmãos, como conta a PN-Huíla, a jovem deslocou-se até ao município da Chibia e raptou uma menor de 12 anos, tendo viajado com ela até à província do Namibe, município do Tombua onde a entregou aos líderes da organização, recebendo como recompensa um total de 50 mil kwanzas.

Na semana a seguir, após ter traficado a menor de 12 anos, no município da Chibia, a acusada decidiu sequestrar igualmente os seus irmãos, mas a operação de venda destes foi frustrada pelos oficiais da polícia.

A PN explica que a jovem, na qualidade de irmã mais velha das vítimas, dirigiu-se ao município da Chibia, na residência dos seus avós, e levou de lá uma menina, tendo-a deixado de seguida no parque de peixe do mercado informal do Mutundo, município do Lubango.

No dia seguinte, a sequestradora regressou para a casa dos avós e levou consigo igualmente o seu irmão mais novo, mas desta vez a família achou estranho a sua atitude e a interrogou sobre a retirada repentina das crianças da casa dos avós.

Não convencida com a explicação da Jovem, a família levou a visada até ao comando municipal da Chibia, onde durante o interrogatório confessou que "pertence a uma rede de tráfico de seres humanos constituída por cidadãos nacionalidade congolesa e angolana".

A envolvida confessou ainda que não foi a primeira vez que pratica este tipo de acções e que a outra integrante da rede já havia sequestrado duas menores e as levou também para o Namibe.

A acusada já se encontra detida, mas a PN garante que diligências vão prosseguir no sentido de desmantelar a rede de tráfico de seres humanos bem como resgatar as crianças que foram sequestradas.

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