Jornalista Carlos Alberto suspenso da ERCA por servir Serviços Secretos
O jornalista foi suspenso como membro da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) por não conseguir esclarecer se faz ou fez parte dos Serviços Secretos Angolano.

Numa deliberação feita na reunião de hoje, quarta-feira, a ERCA decidiu suspender o membro Carlos Alberto pelo facto de admitir nas redes sociais, na sequência da divulgação de passes do Serviço Secreto passados em seu nome, pertenceu a esta instituição.  

Entretanto, questionado sobre a informação durante a reunião não conseguiu esclarecer se foi ou é da secreta. Pelo que, a direcção da ERCA decidiu suspendê-lo de todas as actividades até que esclareça.

Em reacção a decisão, através da sua página do Facebook, Carlos Alberto, afirma a Lei da ERCA não questiona o passado de nenhum Conselheiro, salvo se se trata de um criminoso. “Se formos a questionar o passado de cada Conselheiro da ERCA, vamos perceber que Carlos Alberto não é o único que pertenceu aos Serviços Secretos de Angola. Há na ERCA Conselheiros que foram da DISA (Direcção de Informação e Segurança de Angola) e outros que foram (ou ainda são) da BRINDE (Brigada Nacional de Defesa), serviços secretos da UNITA. Por que não são questionados também em reunião do Conselho Directivo?” 

Continua a questionar: “Quem tem medo da presença de um ex-Oficial de Inteligência na ERCA? O que estão a esconder? Há tantos ex-Oficiais de Inteligência que estão em posições de destaque nos vários ramos do Estado. Por que ninguém questiona isso?”

O jornalista expulso da Rádio Nacional de Angola, Televisão Pública de Angola e Luanda Antena Comercial lamenta, no entanto, nos seguintes termos: “Nunca pensei que por ter servido a minha pátria, com verticalidade, pudesse significar expulsão/suspensão em todos os empregos por onde passo?”

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