JLO sugere criação de um banco da CPLP
O Presidente João Lourenço propôs a criação de um Banco de Investimentos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no âmbito da busca de mecanismos de financiamento para a realização do novo pilar económico empresarial da comunidade.

Ao discursar na qualidade de presidente em exercício da CPLP, que assumiu na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Luanda, João Lourenço deixou aos representantes da comunidade o "desafio de se começar a pensar na pertinência e viabilidade, ainda que remota, da criação de um Banco de Investimentos da CPLP”.

"Acreditamos que, com a institucionalização do pilar económico como um dos objectivos gerais e estatutários da CPLP, daremos um novo e importante conteúdo aos objectivos da nossa organização”, sublinhou.

João Lourenço justificou a introdução do novo Pilar Económico Empresarial durante a presidência rotativa tendo em vista a necessidade da promoção do desenvolvimento sustentável e da expansão do mercado intra-comunitário, através de parcerias económicas e empresariais entre os Estados-membros. 

Reconheceu que o conjunto dos países da Comunidade tem um enorme potencial económico, industrial, agro-pecuário, pesqueiro e turístico, em muitos casos, ainda por explorar, e que devem ser alvo da atenção da organização, para transformar esse potencial em riqueza real.

"Somos uma força política e cultural a considerar, podemos ser, também, uma força económica relevante se trabalharmos para isso”, disse.

Além da actividade económica, o Presidente destacou haver "passos significativos em outras áreas de cooperação, em especial na promoção da língua portuguesa, na concertação política e na frente cultural”.

Um sinal evidente da importância da nossa organização, sublinhou, é o crescente número de pedidos de adesão de outros Estados e organizações internacionais, para membros efectivos ou observadores associados e consultivos, levando, assim, a um alargamento que permite reforçar a sua influência na arena internacional.

João Lourenço apontou a mobilidade e a livre circulação dos cidadãos pelos diversos países da comunidade como um dos grandes desafios da CPLP, não obstante a obrigação de cada um dos Estados-membros cumprir regras específicas das sub-regiões geopolíticas em que se integram. 

"Ela – a mobilidade - é decisiva para uma maior aproximação entre os nossos povos, para a cooperação económica, para o enriquecimento da língua portuguesa e para um maior intercâmbio cultural e turístico”, sublinhou.

Acrescentou que isso "permitirá que milhões de cidadãos dos nossos países beneficiem, de forma concreta, dos ganhos e vantagens da pertença a uma comunidade que se expande por países de quatro continentes, com formas próprias de vida e de expressão cultural e artística”.

"Temos ainda um caminho a percorrer, precisamos de trabalhar na definição das formas de tornar realidade a materialização faseada, mas efectiva, desta vontade aqui manifestada e que reflecte a vontade dos nossos povos”, disse. 

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