JLO chamado a salvar ano académico
Greve dos professores das universidades ameaça ano académico.

"Só o Presidente da República pode salvar o presente ano académico", disse o secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, afirmando que à greve continua.

O secretário-geral do SINPES apelou à intervenção do Presidente da República, João Lourenço, e salientou que só ele pode resolver os problemas dos professores das universidades públicas "uma vez que o MESCTI se mostra incapaz de resolvê-lo".

Nesta quinta-feira, 03, esteve prevista uma reunião, a pedido do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), que chamou as partes, o SINPES, o MESCTI e o Ministério das Finanças (MINFIN), para se encontrar soluções, mas o MINFIN não compareceu no encontro e o mesmo acabou por não acontecer.

Peres Alberto disse que agora não é o sindicato que lidera à greve, mas sim os departamentos ministeriais do Governo.

Conforme o secretário-geral do SINPES, o sindicato está aberto ao diálogo apesar de não se registarem avanços no processo das negociações.

Entretanto, o MESCTI diz que já começou a responder às preocupações dos docentes, em greve há dois meses, e esteve sempre aberto ao diálogo.

Em comunicado de imprensa enviado ao Novo Jornal, no mês passado, o MESCTI reiterou a disponibilidade de continuar a dialogar com o SINPES e adiantou que a paralisação das actividades lectivas prejudica a concretização do calendário académico e impede que uma grande parte dos estudantes continue a sua aprendizagem.

Quanto ao aumento salarial solicitado pelos professores, o MESTIC adiantou que decorrem acções, ao nível do Executivo, "em sede de uma abordagem mais geral" da matéria salarial da administração pública.

Na passada sexta-feira, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, disse aos deputados, na Assembleia Nacional, que a situação dos professores universitários é do conhecimento do Executivo que já trabalha nas questões que permitam algum ajustamento salarial.

O Sindicato dos Professores do Ensino Superior reivindica, entre outras exigências, aumento salarial, seguro de saúde e fundos para investigação científica e que os professores catedráticos passem a ganhar o equivalente em kwanzas a cinco mil dólares.

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