ISCED-Luanda extingue regime pós-laboral e desactiva curso de Sociologia, Matemática e História
O Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) de Luanda extinguiu definitivamente da grelha da instituição o período nocturno e desactivou o curso de sociologia, existente no ISCED desde os anos 90, por alegadamente serem insuficientes os estudantes.

Os estudantes que estão no 3.º e 4.º anos no remime nocturno vão passar para o período da manhã, visto que para o ano académico 2022/23, que terminou recentemente, a instituição não disponibilizou novas vagas para o pós-laboral.

Vários são os estudantes que não concordam com a extinção do período nocturno por entenderem não fazer sentido, visto que o Instituto Superior de Ciências da Educação forma quadros docentes.

"São muitas as pessoas que pretendem trabalhar de dia e estudar de noite. Com a desactivação do período nocturno vai criar dificuldades aos estudantes, sobretudo os trabalhadores", contaram várias pessoas.

Quando à desactivação do curso de sociologia para o ano académico 2023/24, muitos estudantes consideram a medida abusiva.

"Porquê esta medida? Uma instituição de educação não ter o curso de sociologia é uma aberração no meu ponto de vista", descreveu ao Novo Jornal Pascoal Ngunza, licenciado em sociologia pelo ISCED, acrescentando que o curso de sociologia desperta consciência e faz homens novos.

 Além do encerramento do curso de sociologia no Instituto Superior de Ciências da Educação há previsões do encerramento dos cursos de Matemática e de História, por estes terem poucos alunos.

Entretanto, fontes do ISCED-Luanda disseram que a extinção do período nocturno tem muito a ver com a desistência e o não pagamento das propinas por parte dos estudantes.

Segundo Zavoni Ntondo, a comparticipação dos estudantes deste período é de 15 mil Kwanzas, valor que não compensa e quando se regista a diminuição de estudantes só piora a situação financeira da instituição que não tem outra fonte de rendimento para pagar aos docentes.

"Nas primeiras semanas de aulas, as salas ficam com 40 a 60 estudantes, mas após um ou dois anos o número reduz drasticamente, complicando as contas da instituição", afirmou na altura este responsável.

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