IDIIA desenvolve estudos para reajustar a cesta básica de cada região de Angola
Filomena Oliveira, directora-geral do Instituto de Desenvolvimento Industrial e Inovação Tecnológica anunciou a semana passada.

O problema da qualidade das estatísticas do País é sempre apontado como uma condicionante para a leitura correcta da realidade económica, sendo que as críticas surgem a dois níveis - a qualidade da recolha e a classificação das mesmas. Neste sentido, foi anunciado por Filomena Oliveira no final de uma mesa-redonda realizada no âmbito da Expo-Indústria 2023 que deverá constituir- se uma equipa multissectorial e académica para ajustar a tabela de classificação das actividades económicas.

"A classificação das actividades económicas deriva de um classificador universal, mas que é desconhecido da grande maioria, não só dos operadores como também das instituições, que acabam por influenciar de forma incorrecta as estatísticas do País", confirmou Filomena Oliveira ao Jornal de Angola.

Referiu também na ocasião que alguns dos desvios existentes "advêm de práticas do passado, pelo que se trata de uma grande oportunidade de fazer a sua correcção, não só ao nível da estrutura orgânica, como também dos próprios programas e projectos". Mas, mais importante, tem depois implicações directas na execução do Orçamento Geral do Estado (OGE), nas decisões que o governo ou cada um dos departamentos ministeriais toma, e por acréscimo, na promoção na cadeia de valor da nossa economia.

Em termos práticos, a directora- geral do IDIIA defende que é necessário coragem ou humildade para olhar para o classificador como uma norma internacional que deve ser adaptada à nossa realidade, no sentido de melhorar a organização da gestão institucional do País, no sentido de melhorar a execução do OGE, onde ainda existem zonas cinzentas com a intervenção de uma ou mais instituições públicas, o que complica o efectivo cumprimento e a responsabilização das medidas que são emanadas pelo governo.

Informou também que o instituto está a desenvolver estudos para permitir reajustar a cesta básica de cada região de Angola num prazo de dois anos. Para que isto aconteça, os gabinetes integrados provinciais têm a missão de identificar em cada uma delas os 12 produtos mais consumidos e os 12 produtos mais produzidos localmente. É com esta informação que se vai ajustar a cesta básica em cada região.

Pretende-se identificar os produtos necessários para poderem ser integrados no Programa de Desenvolvimento da Indústria Rural (PROFIR), pois pretende-se que em cada município seja possível implantar uma indústria que esteja adaptada à sua realidade.

REAÇÕES

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