GPL diz que não pretende extinguir venda ambulante, zungueiras dizem que não foram avisadas e acusam administração do mercado de vender lugares a mais de 100 mil kz
Centenas de "zungueiras" que se manifestaram esta segunda-feira,22, em Luanda, após serem impedidas de realizar as habituais vendas ambulantes na zona do São Paulo, na conhecida praça do "Arreio", acusam as autoridades de não as ter avisado atempadamente que deixariam de vender naquela zona e perguntam porque é que não foram encaminhadas para os mercados, onde o Governo garante existirem bancadas livres.

As zungueiras denunciam que há vendas de lugares no interior do Mercado do São Paulo a 100 mil kwanzas, acusação que administração desmente afirmando que as vendedoras preferem estar nas ruas.

As zungueiras dizem que foram esta segunda-feira,22, surpreendidas pelas forças policiais que as proibiu de vender em toda a extensão do interior do São Paulo. Se constatou no local também ao enceramento de vários armazéns de venda de produtos na zona da "Gajajeira"

"Não fomos notificados nem avisados de antemão que deixaríamos de vender aqui. Sabemos do perigo que corremos ao vender na zunga, mas pelo menos avisassem-nos", contam.

Entretanto, face às reclamações das zungueiras, a administração do distrito urbano do Sambizanga iniciou esta segunda-feira, o cadastro das vendedeiras ambulantes no exterior do mercado do S. Paulo.

As zungueiras disseram que vários cadastramentos já foram feitos e que nunca lhes foi dito nada sobre o assunto, por isso não acreditam que deste sairão bons resultados.

"Queremos saber onde estão os lugares nos mercados vazios? Quais são esses mercados que estão disponíveis", questionam as zungueiras.

Quanto à existência de lugares no mercado do S. Paulo, as mulheres dizem não serem para todas, visto que só consegue lugar quem tiver "esquemas" com a administração do mercado, que acusam de vender cada lugar ao preço de 100 mil kwanzas.

"Eles vendem lugar acima dos 100 mil kz. Já vendemos na zunga, onde vamos conseguir 100 mil para pagar um lugar?", perguntam.

Sobre este assunto, a administração do mercado recusa as acusações e diz tratar-se de falsas acusações das zungueiras, contou um alto funcionário que não quis ser identificado por falta de orientação superior.

Em comunicado, o Governo Provincial de Luanda (GPL) considera que, decorridos seis meses desde a aprovação da Estratégia para Mitigação da Venda Desordenada (EMVD), as acções do Plano de Reordenamento do Comércio têm sido implementadas nos municípios de Belas, Viana, Cacuaco e Talatona, sendo os ganhos visíveis em toda a extensão da Avenida Fidel de Castro e arredores.

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