“Não me arrependo de nada que fiz. As coisas em Portugal não correram bem, reconheço o meu fracasso na Europa. Lá, se não tiveres um bom empresário é complicado jogares”, alerta.
Por outro lado, sem descorar da actual situação do futebol angolano, o ex-jogador do Sport Lisboa e Benfica, não escondeu as suas preocupações e afirmou que o maior problema do nosso futebol, reside da base, ou seja, na estrutura inicial.
“Não podemos falar do presente sem olhar ao passado. Antes tínhamos um bom trabalho nas camadas jovens e as substituições dos jogadores aconteciam de forma natural. Foi assim na minha fase e na de outros jogadores, como Lamá, Mendonça, Gilberto e Mantorras. O grosso da selecção de sub-20, campeã africana, reforçou a selecção principal, numa transição perfeita”, frisou.
“Actualmente não há continuidade. Saíram jogadores como eu, Figueiredo, Kali, Makanga e não conseguimos compensar estas saídas, porque a formação está debilitada. Exemplo, mais recente, as transferências de Gelson e Ary para o Sporting de Portugal. 1º de Agosto ficou sem soluções no ataque, porque não preparou, nos escalões jovens, substitutos à altura”, concluiu o autor do golo que qualificou Angola para o mundial da Alemanha de 2006.