Edir Macedo luta nos tribunais de Angola para recuperar templos
Líder da igreja Universal quer todos templos de volta.

A Igreja Universal do Reino de Deus, comandada pelo bispo brasileiro Edir Macedo, deve travar uma batalha judicial para retomar o controle de seus templos em Angola, depois de ter quatro integrantes julgados no país africano.

O juiz Tutri António, da 4ª. Seção de Crimes Comuns do Tribunal de Luanda, determinou que os templos, o patrimônio e as contas bancárias bloqueadas da igreja deverão ser devolvidos à sua legítima direção.

Como o juiz não especificou qual seria essa legítima direção - e há uma disputa hoje entre duas alas da igreja -, a direção brasileira da Universal passou a considerar que terá de volta os seus templos. O tribunal determinou a "devolução dos templos e bens à Universal do país", afirmou, em uma nota, a Universal no Brasil.

Para a ala angolana da Universal, não há dúvidas de que a instituição hoje no país é comandada pelo bispo Valente Bezerra Luís - e só teria um líder -, já que a assembleia geral que o elegeu, em 2020, foi reconhecida pelo Instituto Nacional de Diálogo Religioso (Inar), órgão que controla o funcionamento das igrejas no país, ligado ao Ministério da Cultura angolano.

Mas uma publicação sobre alterações no estatuto da igreja no Diário da República (o Diário Oficial angolano), em outubro de 2021, encaminhada pela ala brasileira, reacendeu a discussão e gerou polêmica. O Inar informou, entretanto, que não teria recebido esse pedido de alteração.

O grupo alinhado a Macedo reivindica a legitimidade aos bens da instituição e considera que o Inar estaria agindo com parcialidade. No tribunal, os advogados da ala brasileira apresentaram uma declaração assinada por Macedo, na qual ele atestava que um outro bispo seu aliado, Alberto Segunda, seria "o líder espiritual da IURD em Angola". Só Macedo, líder mundial da igreja, teria legitimidade para eleger o presbítero-geral no país, defendem seus seguidores.

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