Dois políticos detidos pela Policia durante manifestação desaparecem sem deixar rastos
O Bloco Democrático (BD) está preocupado com o paradeiro de dois dirigentes seus detidos na manifestação do dia 17 de Abril pela Polícia Nacional e critica a atitude das autoridades policiais que até agora não informaram aos interessados e familiares o local onde se encontram dezenas de pessoas detidas no sábado.

"Ao abrigo das leis, que sejam informados os interessados e os familiares do local onde se encontram dezenas de pessoas detidas", diz o comunicado do BD, difundido esta quinta-feira, exigindo a libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos do 17 de Junho, incluindo de organizadores.

Neste âmbito, o BD denuncia a detenção de dois dirigentes seus pela Polícia Nacional, Adilson Manuel, membro da comissão política, e Amarildo Campos, membro do secretariado nacional, de quem a organização não conhece o paradeiro desde o passado sábado.

"Denunciamos, igualmente, a perseguição sem tréguas que agentes do SINSE fazem contra Rodrigues João Júlio, secretário provincial da juventude do BD na província do Zaire", acrescenta a nota, condenando a atitude "gratuita" do Governo, que "não esconde a barbárie em que Angola se tornou com a chancela do Partido-Estado".

De referir que a Polícia Nacional dispersou, no sábado, 17, em Luanda, a marcha contra a subida do preço da gasolina, o fim da venda ambulante e a alteração à Lei das Organizações Não-Governamentais, com recurso a gás lacrimogéneo, originando pânico e desmaios, resultando também em alguns ferimentos e detenções.

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