Cultura de tanga - Grupos carnavalescos negam receber prémios por injustiça
Grupos do Carnaval de Luanda recusam-se a receber prémios e ponderam boicote por alegada injustiça na distribuição dos valores adicionais, dos quais não se sabe oficialmente a origem. Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL) recebeu, esta semana, a responsabilidade pela realização completa do evento. Agremiação vislumbra enormes desafios que a esperam, nomeadamente o não-reconhecimento como Instituição de Utilidade Pública, o que causa limitações no seu percurso.

Os grupos da classe A e alguns infantis, que participaram do Carnaval de Luanda, edição 2023, recusam-se a receber os prémios aditivos atribuídos pelo Ministério da Cultura e Turismo, por alegada injustiça nos valores entre o primeiro classificado e os outros quatro que se seguem.

O primeiro classificado da presente edição do Carnaval de Luanda receberia cinco milhões de kwanzas, o segundo quatro, o terceiro três, o quarto dois e o quinto um.

Entretanto, no sábado último, dia reservado para a recepção dos prémios das mãos do ministro da Cultura e Turismo, no Palácio de Ferro, os concorrentes foram surpreendidos com uma quantia aditiva de 15 milhões Kz apenas para o primeiro classificado, ficando por receber ao todo 20 milhões, sem ser revelado de que origem saiu a quantia.

Na ocasião, Filipe Zau garantiu que o valor não saiu do seu ministério, sem adiantar mais detalhes. Há relatos de que a proveniência do dinheiro "foi orientada superiormente pela Presidência da República", refere uma fonte da organização do Carnaval, que não quis ser identificada.

A falta de informação oficial sobre a origem do dinheiro causa mais suspeições por parte dos concorrentes, que ponderam não participar do próximo Entrudo, caso não se resolver essa questão.

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