BPC é o banco com mais reclamações dos seus clientes no II trimestre do ano
Os maiores bancos são os que sofreram mais queixas dos seus clientes. A seguir ao BPC segue-se o BAI e o Atlântico. O Banco Económico, com apenas 190.996 clientes, é o que apresenta o rácio mais alto de reclamações.

O BPC é o banco com o maior número de reclamações dos seus clientes junto do Banco Nacional de Angola no II trimestre do ano, com um total de 46, com as principais queixas a incidirem sobre o crédito à habitação, sobre contas de depósito à ordem e sobre as máquinas ATM e TPAs, de acordo com o relatório do banco central sobre reclamações apresentadas.

Ainda assim, o rácio de queixas sobre o número total de clientes é de apenas 1,7% já que este é o segundo maior banco em número de clientes do sistema financeiro nacional, com um total de 2.753.302.

Segue-se o Banco Angolano de Investimentos (BAI), que recebeu 34 queixas sobre contas de depósitos à ordem, sobre a prestação de serviços e sobre máquinas ATM e TPAs. O rácio de queixas dos 2.064.688 clientes é de apenas 1,6%. O Millennium Atlântico fecha o pódio dos bancos com mais queixas, com um total de 22 no II trimestre. Os clientes deste banco queixaram-se de assuntos relacionados com as contas de depósito à ordem, da prestação de serviços e de transferências. Com um total de 1.841.653 clientes, o rácio de queixas é de apenas 1,2%. O Banco Económico recebeu também 22 queixas, sobretudo sobre transferências, sobre contas de depósitos à ordem e sobre a prestação de serviços, com um rácio de 5,8% devido aos seus 190.996 clientes.

Em linha com o processo de averiguação da conduta financeira das instituições financeiras bancárias, durante o segundo trimestre de 2023, o Banco Nacional de Angola recepcionou um total de 208 reclamações, numa média de 69,3 processos por mês, o que correspondeu a um aumento de 28,4% face ao trimestre anterior, que registou um total de 162 processos, e uma redução de 19,7% quando comparado com o período homólogo de 2022, que contou com 259 reclamações. O banco central refere que "este comportamento poderá estar relacionado com uma maior conscientização dos consumidores que exigem a melhoria da qualidade dos produtos e serviços financeiros prestados pelas instituições supervisionadas pelo Banco Nacional de Angola".

Relativamente às matérias mais reclamadas, os temas ligados às contas de depósito à ordem, transferências, prestação de serviços, crédito ao consumo, outros tipos de crédito, operações cambiais e máquinas de ATM/TPA congregam um peso de 80,3% do total das reclamações apresentadas ao BNA pelos consumidores de produtos e serviços financeiros (167 em 208 reclamações). Só as queixas relacionadas com contas de depósito à ordem correspondem a 32% do total. Quase 60% dessas queixas relacionadas com as contas de depósito estão relacionadas com problemas ao acesso às mesmas e 31% são devido a movimentação indevida.

O segundo aspecto com mais reclamações, as transferências, com 28 queixas. Em relação a transferências internacionais, teve 40% das reclamações a incidirem sobre a morosidade das operações, 40% sobre operações não efectuadas ou reconhecidas e os restantes 20% incidiram sobre outros aspectos. Já em relação a transferências nacionais, 52% foram sobre operações não efectuadas ou reconhecidas e 31% das reclamações foram sobre morosidade das operações.

A prestação de serviços fecha o pódio das reclamações no II trimestre, com um total de 22 queixas, em que 82% das reclamações incidiram sobre o atendimento dos bancos.

Relativamente à distribuição das reclamações, o público consumidor de produtos e serviços financeiros apresentou à sede do Banco Nacional de Angola um total de 144 reclamações, seguindo- -se a Direcção Regional Oeste (BRO) com 17, a Direcção Regional Centro (BRC) com 16, a Direcção Regional Sul (BRS) com 14, a Direcção Regional Norte (BRN) com 8, a Direcção Regional Nordeste (BRD) com 5 e a Direcção Regional Leste (BRL) com 4.

O ranking das instituições financeiras bancárias sistémicas registou uma média de 1,8 reclamações por cada 100.000 clientes enquanto os outros bancos registaram uma média de 1,60 por cada 50 000 clientes.

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