“Tivemos um ano positivo. Podíamos ter feito mais, provavelmente, mas há sempre limitações de toda a ordem. Sabe que nós estamos a trabalhar com um orçamento que ainda não reflecte as grandes necessidades, e faz-se o possível”, afirmou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, em declarações ao Jornal de Angola, por ocasião do Fim de Ano, período em que muitos sectores, públicos e privados, apresentam ou fazem o balanço das actividades desenvolvidas ao longo do ano.
No sector da Energia, o governante assinalou os progressos registados nos últimos anos, tendo hoje uma capacidade de produção de cerca de 6,2 gigawatts, ou seja, 6.200 megawatts, o que marca uma viragem naquilo que era a realidade anterior, em que havia um gritante défice na produção.
"Hoje, temos 6,2 gigawatts de produção e um consumo de cerca de 2,3. Portanto, menos notado daquilo que é a capacidade instalada, o que tem estado a permitir que tenhamos uma distribuição de energia mais estável por todo o país”, frisou.
De acordo com o ministro, a grande prioridade, durante este ano e para os próximos, é a interligação dos sistemas Centro-Sul, que é, no fundo, a linha que vai levar a energia da província do Huambo ao Lubango e Namibe.
"Essa linha está, no momento, em construção, com conclusão prevista para os próximos dois anos”, garantiu, além de destacar a importância da interligação entre as províncias do Cunene e Cuando Cubango, assim como as do Leste.
Todo o processo, disse, vai permitir não só expandir o acesso à energia por parte da população, como também reduzir custos, porque actualmente existem ainda centrais térmicas a funcionar. "A maioria gasta milhares de litros de combustível e custam milhões de dólares ao país”, disse, adiantando que a meta em relação à energia eléctrica é atingir 50 por cento da população até 2027.