Seis dos 23 bancos comerciais que operam no País, nomeadamente o russo VTB África, o sul-africano Standard Bank Angola (SBA), Banco Yetu, Banco da China, Banco Comercial do Huambo (BCH) e Banco Comercial Angolano (BCA), têm somente três meses para aumentar o capital social mínimo regulamentar, para não verem as suas licenças revogadas por insuficiência de capitais próprios, fruto da nova baliza estabelecida pelo Banco Nacional de Angola (BNA), órgão regulador do sistema financeiro.

De acordo com o Aviso nº 17/2022 do BNA, que passa a vigorar no dia 05 de Outubro de 2023, as instituições bancárias devem aumentar o capital social mínimo para 15 mil milhões de kwanzas (18,2 milhões de dólares), à luz da taxa média de câmbio actual do BNA, saindo dos 7,5 mil milhões de kwanzas actualmente praticados.

Contas feitas, de forma global, o agregado dos seis bancos comerciais ainda em desconformidade com o regulamento que passa a vigorar no décimo mês do ano em curso terá de fazer uma aplicação de pouco mais de 32,5 mil milhões de kwanzas (39 milhões de dólares) para estar em conformidade.

No caso, o banco  BCH, dos empresários Minoru Dondo e António Mosquito que também detém a transportadora Huambo Express, indicam consultas do Angola-Online ao balancete do primeiro trimestre, precisará injectar 5 mil milhões de kwanzas, o seu capital social actual é de 10 mil milhões.

Assim, nesse "top six" dos bancos comerciais com fundos próprios abaixo do recomendado, as instituições bancárias que terão de fazer maiores injecções de dinheiro para estar em conformidade com o novo diploma são o banco russo VTB e o Banco Comercial Angolano (BCA), sendo que ambos detêm, cada, capital social mínimo de 7,5 mil milhões Kz, de acordo com os balancetes do primeiro trimestre de 2023, observados por este semanário, devendo, deste modo, aplicar, cada, mais 7,5 mil milhões Kz, em dinheiro fresco ou capital.