Avô viola até a morte namorada do neto de 16 anos
Aconteceu no KM 30, município de Belas, em Luanda.

A adolescente Maria Cláudia Manuel Chipuco, de 16 anos, terá sido abusada sexualmente pelo avô do seu namorado, um cidadão de 65 anos, e submetida a maus-tratos, que supostamente vieram a culminar com a sua morte, à porta do Hospital Geral de Luanda. 

Foi a enterrar ontem, Domingo, no Cemitério da Camama, a adolescente Maria Cláudia Manuel Chipuco, mais conhecida por “Branquinha”, que veio a conhecer a morte após ter sido submetida a maus-tratos, para além de sofrer violação sexual perpetrada pelo avô do seu namorado.

Segundo informações prestadas pela irmã mais velha, Jéssica Artur, de 29 anos, Branquinha tinha arranjado um namorado, identificado apenas por Bisante, de 18 anos, com o qual mantinha um relacionamento de quatro meses, tendo a adolescente ficado grávida (de dois meses).

Como manda a regra, a irmã mais velha, uma vez que Branquinha estava sob sua tutela, contactou a família do noivo, que não fugiu as responsabilidades. Quando a irmã mais velha fazia os contactos com a mãe e outros familiares sobre a situação em que se encontrava Branquinha, a adolescente aproveitou-se da distração para arrumar as suas roupas e foi para casa do namorado.

Jéssica Artur ficou mais de três meses sem ver a irmã, Branquinha, pois esta não mais a visitava e não deixava a casa do namorado por nada. Branquinha apenas voltou a dar a cara quando tomou conhecimento da morte do seu sobrinho, o filho mais novo de Jéssica. Apareceu na casa do óbito, chorou, mas Jéssica, apesar da situação de tristeza, a via com alguma desconfiança.

“Ela estava totalmente diferente, não a reconhecia. Chorava como se fosse gato. O namorado veio, deu os seus sentimentos e depois o casal foi-se embora. Quando pedi para que a chamassem, recebi a resposta de que ela não estava a sentir-se bem. A dada altura, ela voltou a aparecer, falava coisa com coisa, vomitava muito, rebolava- se no chão como se fosse maluca”, conta.

Enquanto uns tinham ido ao enterro do filho, outros ficaram para tentar perceber o que se passava com Branquinha e a orar. A adolescente ainda conseguiu falar, alegando que ficou naquele estado porque o avô do seu marido a amarrou, cuspiu na sua boca e fez sexo com ela.

Branquinha queixava-se de muita dor na região genital, dizendo que “lhe aleijaram muito”. Pedia água para ver se tirava “o lixo” que o avô colocou na sua vagina, mas mesmo assim sentia muita dor, segundo os parentes . Quando a família decidiu levá-la à unidade sanitária mais próxima, neste caso, no Hospital Geral de Luanda, Branquinha chegou já sem vida.

O namorado fugiu, mas o avô está detido, graças à intervenção da vizinhança, pois o mais velho já se preparava para abandonar o bairro.

Jéssica disse ainda que, depois do que aconteceu com Branquinha, tomaram conhecimento de que o avô já vem de um outro bairro (KM 32), antes de viver no bairro KM 30 da Rainha Njinga, de onde foi expulso porque, segundo contam, fazia feitiçaria.

OPaís

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