A ASAN lamenta que existam muitos veículos "caríssimos" a circularem no País sem seguro automóvel.
Segundo a ASAN, há em Angola uma taxa de penetração de seguros muito baixa (de 18%), salientando que as autoridades devem responsabilizar e actuar contra os infractores.
João Sena, membro da direcção da Associação de Seguradoras de Angola (ASAN), disse esta terça-feira, 05, aos jornalistas, que as seguradoras são responsável por proteger património e integridade física das pessoas.
"É um facto esse número de 366 mil viaturas com seguros em Angola! Baseamo-nos da nossa base de dados e não há mais do que esse número", salienta João Sena.
Conforme a ASAN, o número de viaturas sem seguro no País pode ser ainda maior em função das autoridades não fornecerem os dados reais do número de viaturas registadas.
João Sena diz que a ASAN se baseou na consulta feita aos principais vendedores de viaturas em Angola, e que da estimativa realizada o número fixa-se em dois milhões, mas admite que o número real possa ser maior, o que é ainda mais grave e preocupante.
Conforme a Associação de Seguradoras de Angola, a fiscalização deve ser determinante para que a situação possa ser reversível.
"Se não há fiscalização, então não se consegue controlar. Daí a sensação de impunidade das pessoas", explicou.
A ASAN salienta que mesmo com o aumento da inflação e as dificuldades de divisas, os preços dos seguros em Angola nunca sofreram alterações e continuam a 30 mil kwanzas (o equivalente a 30 dólares).
"Se o cidadão não cumpre com a sua responsabilidade, alguém tem de cumprir e esse alguém são as autoridades policiais", disse.
ASAN alerta para a possibilidades de existirem muitos certificados de seguro falsificados
A Associação de Seguradoras de Angola alertou esta segunda-feira, 5, em conferência de imprensa, em Luanda, que há fortes possibilidades de existirem muitos certificados de seguro falsos no País, em função da falta de controlo das autoridades.
Aos jornalistas, a ASAN assegura que tem feito a sua parte e realça que as outras entidades do Estado, também devem fazer a sua parte.
João Sena afirmou, sem quantificar, que há uma cifra enorme de certificados falsos nas mãos dos automobilistas.
"A Polícia Nacional devia ter meios para comunicar-se com as seguradoras, através de uma base de dados, para saber se o seguro é valido ou falso. Porque hoje é fácil falsificar um seguro, e sabemos que há muitas pessoas na polícia que têm essa vontade", realçou ainda.
A ASAN destaca que nos próximos dias fará uma campanha de sensibilização em todo o País, em que dará a conhecer aos automobilistas o papel da declaração amigável, uma ficha que vai ajudar os condutores a ultrapassarem muitas situações desagradáveis em caso de acidente.
