Angosat-2 começou a vender serviços nesta sexta-feira
A autorização para a exploração comercial do satélite angolano foi feita pelo Presidente da República através do Despacho Presidencial n.º 11/23, de 23 de Janeiro. O Angosat-2 foi lançado em órbita no dia 12 de Outubro do ano passado, em substituição do Angosat- 1, que fracassou em 2017.

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) lançou, na sexta-feira (10), o processo de comercialização dos serviços do Angosat-2, três meses depois do seu envio em órbita.

Segundo uma nota do MINTTICS, durante o evento, que será presidido pelo ministro Mário Oliveira, haverá as apresentações do "Desempenho e Características Técnicas do Angosat-2" e o "Plano Comercial, Soluções e Portfólio".

De acordo com o documento, o satélite angolano vai permitir que as operadoras nacionais de telecomunicações e o Governo beneficiem de capacidades de largura de banda, com custos baseados em moeda nacional, ajudando a melhor gerir os investimentos e ajustá-los com a realidade do usuário final.

Outro objectivo que se pretende alcançar com o Angosat-2, segundo o documento, é o fomento e incremento de negócios em regiões totalmente desconectadas, contribuindo, consideravelmente, para a diminuição da exclusão digital em Angola e no continente africano.

O satélite está a cobrir todo o continente africano, parte significativa do Sul da Europa e cobertura quase total da região Sul de África, constituindo-se numa fonte de receitas.

As receitas da exploração comercial do Angosat-2 vão reverter, inicialmente, a favor do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (50%), do Tesouro Nacional (40%), enquanto os restantes 10% reverterão a favor do Fundo de Apoio Social dos Trabalhadores das Comunicações.

O presidente da República autorizou a exploração comercial do Angosat-2 através do Despacho Presidencial n.º 11/23, de 23 de Janeiro, enquanto decorre o processo de criação das condições para a atribuição da sua gestão e exploração a uma entidade pública.

Até ao momento não há contratos assinados

Conforme avançou a Expansão, na edição 710 de 03 de Fevereiro, decorre todo o processo legal e regulatório em torno do que será a disponibilização dos serviços comerciais do satélite angolano.

Até ao momento não há qualquer não existe qualquer acordo assinado com as principais operadoras de telecomunicações porque ainda não foi lançado comercialmente, coisa que poderá ocorrer a partir desta sexta-feira (10), o que existe, segundo o MINTTICS avançou ao Expansão, são memorandos de entendimento e de intenção por parte de algumas instituições e países da região.

Com vida útil de prevista de 15 anos, o Angosat-2, lançado em órbita a 12 de Outubro de 2022, pelo foguete "Proton-M", é um dos projectos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), órgão afecto ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

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