Angolanos pedem estatuto de refugiados em massa no Brasil
Os cidadãos angolanos são os segundos na lista dos que mais solicitaram o estatuto de refugiado em São Paulo, Brasil.

A Caritas, ONG católica, ajudadora na integração de refugiados no Brasil, reuniu dados sobre os atendimentos que realizou e fez uma apresentação em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Segundo a organização os angolanos foram os segundos que mais pediram o estatuto de refugiados.

"Em 2013, era mais comum acontecer a chegada de homens sozinhos (solteiros ou com a intenção de trazer a família após se estabelecer no Brasil), vindos de Angola e de outros países africanos. Nos últimos dois anos, cresceu o número de chegada de mulheres, sozinhas ou acompanhadas pelos filhos", indica o relatório apresentado pela ONG.

Por outro lado, Raul Lindo Mandela, activista político angolano, residente no Brasil, em declaração à Lusa, garantiu que pediu asilo no Brasil porque estava numa lista de pessoas que iriam morrer.

"Eu vim para o Brasil porque um responsável da região de Huambo, lugar onde nasci, me disse que eu estava na lista das pessoas que o regime iria matar", explicou.

Por seu turno, Marcelo Maróstica Quadro, padre brasileiro que dirige os trabalhos da Caritas em São Paulo, explicou que as mulheres africanas procuram o Brasil para fugir da violência e do abandono familiar.

"Elas acabam sozinhas e mais vulneráveis a estupros e outras formas de violência por isto querem viver no Brasil", frisou o director da Caritas.

Segundo o relatório, os países cujo cidadão fizeram maior número de pedidos de refúgio para o Brasil são o Senegal (7.656), Angola (4.719), Venezuela (4.421), Síria (3.794) e Bangladesh (3.669).

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