Angola recusa acordo com a União Europeia para observar eleições gerais
O Governo angolano, representado pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, recusou o pedido da União Europeia para observar as eleições gerais de 23 de Agosto.
Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso

A renúncia foi feita neste domingo, pelo ministro das Relações Exteriores Georges Chikoti, garantindo que o estado angolano não tenciona fazer nenhum acordo de memorando, mas está aberto a qualquer visita das organizações na altura das eleições gerais.

"O convite é aberto. Mas não queremos quaisquer acordos específicos com cada uma destas organizações. Quem quiser vir, vem e quem não quiser, pode não vir, mas o certo é que o convite é aberto", disse Georges Chikoti.

O ministro informou que o memorando proposto pela União Europeia previa a circulação e visita dos observadores em todo o território nacional, exigindo ainda segurança, elemento com que, disse Georges Chikoti, o Governo angolano se comprometeu.

"Mas isso não leva a que tenhamos de assinar um memorando de entendimento com qualquer um dos observadores", afirmou o ministro, acrescentando que as únicas instituições com as quais Angola tem tratados específicos sobre a observação eleitoral são a União Africana e a SADC.

"Fora destas, não temos obrigações com outras. É assim que o continente funciona em matéria de eleições. E não esperamos que alguém nos vá impor a sua maneira de olhar para as eleições e nos dar alguma lição, como também não pretendemos dar lições em termos de eleições", rematou o estadista.

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