Intitulado Índice Global de Escravidão, o documento estima que o País tenha 136 mil "escravos modernos", só superado pelo Brasil, com mais de um milhão de pessoas em situação de escravidão moderna.
A pesquisa mostra que a exploração de diamantes agrava o risco de escravatura moderna no território nacional. No ranking relativo ao continente, a pesquisa coloca Angola entre os 15 piores países africanos dos 50 pesquisados.
O estudo realça que, desde 2018, muitos países africanos, entre eles Angola, tomaram medidas de respostas para combater a situação. No caso do nosso País, destaca-se a implementação do Plano de Acção de Combate ao Tráfico de Seres Humanos.
A Walk Free Foundation define escravidão moderna como o trabalho forçado, casamento forçado, servidão por dívida, exploração sexual, tráfico humano, práticas análogas à escravidão e venda e exploração de crianças.
A Angola, a organização recomenda a criminalização do trabalho forçado e da exploração sexual comercial de crianças e o aumento da idade legal do casamento, para homens e mulheres, para 18 anos.
A secretária de Estado para os Direitos Humanos, embora chame atenção pelo facto de o estudo basear-se em dados recolhidos de outras fontes, tendo em conta que a fundação não veio para Angola, reconhece que a situação é "preocupante".
Ana Celeste Januário explica que a preocupação do Governo é sobretudo de exploração ilegal de diamante, razão pela qual o Estado tem efectuado operações nestas zonas de garimpo.