Angola é dos piores países para se ser criança
Quatro em cada 10 crianças sofrem de malnutrição, sendo que 33% estão fora do sistema de ensino.

Angola piorou nove lugares na classificação sobre a situação da infância no mundo, passando da posição 166 para 175. O novo relatório mundial sobre a infância da organização não-governamental Save The Children, divulgado recentemente, coloca-nos agora a apenas 12 lugares do pior país do mundo para se ser criança, o Níger, que partilha o negativo top 3 com a República Centro Africana e o Chade.

Intitulado 'Os lugares mais difíceis para se ser criança', o estudo reporta que, para milhões de crianças em todo o mundo, a infância acabou cedo de mais. Dentre as principais razões, constam problemas de saúde, desnutrição, exclusão da educação, trabalho infantil, casamento infantil, gravidez precoce, conflito e violência extrema.

Em Angola, segundo a Save The Children, até 2019, a cada mil crianças nascidas, pelo menos 75 morriam antes de completar cinco anos, fazendo que o País tenha a 21.ª taxa de mortalidade infantil mais alta do mundo. O estudo indica ainda que, em Angola, pelo menos 18% das meninas entre os 15 e 19 anos são forçadas ao casamento infantil.

No capítulo da desnutrição, o País tem uma taxa de cerca de 38%, ou seja, quase quatro em cada 10 crianças sofrem de malnutrição, sendo que 33% estão fora do sistema de ensino. A gravidez na adolescência também é outro factor. Até 2018, em Angola, por cada mil adolescentes entre os 15 e 19 anos, 148 tinham filhos, o que coloca o País entre os cinco piores do mundo no capítulo da gravidez precoce. No País, diz o relatório, o trabalho infantil representa 18,7%, ao passo que a taxa de homicídio infantil até 2016 estava fixada em 5 em cada mil crianças (dos 0 aos 19 anos).

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