Alterações climáticas agitam mares de Angola e é previsto chuvas acima do normal a partir de Setembro
O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) prevê, entre Setembro e Novembro, chuvas acima do normal para o nordeste de Angola, composto pelas províncias de Luanda, Zaire, Uíge, Benguela, Cabinda, Cuanza Sul, Lunda Norte, Bengo e Cuanza Norte.

Já para as Regiões Centro e Sul, antevê-se, para o mesmo trimestre, chuvas próximo a média climatológica em quase todo o território nacional, mormente nas regiões Centro e Sul, informou, hoje, o director do Instituto, João Maria de Sousa Afonso.

Geralmente, as chuvas fortes situam-se na escala de 25,1 a 50 milímetros por hora (mm/h), enquanto as muito fortes caem com intensidades acima de 50,0 mm/h. Já as chuvas fracas são abaixo de 5,0 mm/h, e as moderadas entre 5,0 e 25 mm/h.

Indagado a propósito do fim do cacímbo, terça-feira (15), o responsável frisou que a época chuvosa 2023/2024 decorrerá sob condiçoes de EL Nino, com Intensidade fraca e moderada (o estágio de aquecimento anômalo das águas do oceano pacifico) como factor de impacto global.

“O El Nino está relacionado com a ocorrência de chuvas irregulares na região sul do país, principalmente nos meses de Dezembro a Fevereiro”, destacou João Afonso, apelando a população a manter-se actualizada sobre informações meteorológicas e climatológicas veiculadas na mídia.

Sublinhou que, apesar de estar-se já no verão, alguns pontos do litoral continuarão a registar calemas, devido à agitação marítima, com ondas entre 4 a 5.5 metros de alturas, com maior incidência nas províncias do Cuanza Sul e do Namibe.

O director explicou que o INAMET elabora diariamente as previsões do tempo e marítimas com o intuito de manter a população informada e sob  alerta do clima e prováveis consequências, tendo em conta a dinâmica da atmosfera e constantes alterações a si são observadas.

“O aumento da frequência e da intensidade de alguns fenômenos externos, como as chuvas intensas com trovoadas secas, tem sido cada vez mais frequente nos últimos dez anos. Essas são algumas evidências de alterações climáticas”, citou João Afonso.

Sobre  o fenômeno seca na região Sul, disse ser prematuro detalhar a possibilidade de tal ocorrência, habitualmente nas províncias do Cunene, Namibe, Huíla e parte de Benguela. Para inverter a situação, o Executivo angolano está a implementar projectos estruturantes e impactantes.

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