Quando afectado pela icterícia, o paciente, como manifestação clínica, começa a ter a pele e as mucosas amareladas, daí o nome popular "amarelão”, que se atribuiu à enfermidade.
Para resolver a situação dessa doença que, segundo estatísticas mundiais, afecta mais de 80 por cento de recém-nascidos, o menino precisa de transplante do fígado. "É um problema de que Kiamy padece desde que nasceu e caso não seja tratado imediatamente pode resultar em sérios danos no sistema nervoso e causar até a morte”, disse, aflita, a mãe da criança.
Com vista a conseguir apoio para a cirurgia do menor, em Abril deste ano, fez-se uma campanha solidária, designada "SOS Kiamy Tungu”, mas a actividade não teve os resultados esperados.
Por isso, os pais sentem-se de "mãos atadas” e temem pelo pior. "Já não sabemos o que fazer, pois o meu único filho está à beira da morte”, lamentou Samara Tungu, mãe do menino.
A senhora recordou que uma semana depois de Kiamy ter nascido, surgiu uma coloração amarela nos olhos da criança. Procurou ajuda em várias unidades hospitalares do país, para debelar a doença, diagnosticada, na Clínica Sagrada Esperança.
Esta unidade clínica privada, depois disso, encaminhou o caso, em Maio, para o Hospital Pediátrico David Bernardino. Na Pediatria, fez-se o diagnóstico clínico e ecográfico, que detectou "atresia das vias biliares”. Enquanto esperam pela ajuda, a mãe disse que costuma a ser difícil ver a criança a queixar-se de dores e de muita comichão.
Samara Tungu disse que as autoridades que velam pela saúde no país já tomaram conhecimento do assunto, mas a demora para a marcação da consulta no exterior é que a aflige, sobretudo a ver a situação de Kiamy piorar cada vez mais. Disse que os hospitais contactados (no exterior) não podiam dar informações sobre preços, tendo condicionado a informação à presença e atendimento do paciente.
No quadro da sua campanha, os actores do grupo Fénix Teatro disponibilizaram o terminal telefónico: 924 35 7334, para que os interessados em ajudar possam contactar.