Activista e militante da UNITA condenado a indemnizar o Estado com 500 mil
O activista Luther Campos, também conhecido por "Luther King", foi hoje, sexta-feira, 17, condenado a um ano e dez meses de prisão, correspondendo um ano ao que esteve detido preventivamente, ficando agora em liberdade mas com pena suspensa por cinco anos, que anula os restantes dez meses de prisão a que foi sentenciado.

Foi absolvido pelos crimes de associação criminosa, ultraje e rebelião, sendo apenas condenado pelo crime de instigação à desordem pública, que lhe valeu um ano na cadeia, que, efectivamente, já cumpriu na condição de detido preventivamente como medida de coação.

O arguido foi ainda condenado a pagar uma taxa de justiça de 100 mil kwanzas e de 500 em indemnização ao Estado.

Segundo o tribunal não ficou provado que o activista tenha ofendido o Presidente da República, João Lourenço, e os deputado do MPLA.

Luther Campos encontrava-se dedito desde Janeiro do ano passado, por alegadamente incitar ao vandalismo durante a greve de táxis em Luanda, no mês de Janeiro do ano passado.

O activista é conhecido do público nas redes sociais, onde muitas vezes denunciava problemas sociais do País, e dirigia críticas ao partido MPLA.

Defesa vai pensar se recorre

Francisco Muteka, advogado do Luther Campos "Luther King", disse à imprensa que não está satisfeito na totalidade em função do seu constituinte ter sido condenado com pena suspensa.

Segundo o causídico, Luther Campos deveria ter sido absolvido de todos os crimes de que foi, acusado pelo Ministério Público.

"É uma pena que o cidadão Luther King tenha sido condenado. De facto foi uma pena, foi uma decisão parcialmente desajustada, ambígua, antijurídica e é de repensar!", assegurou o advogado, acrescentando que "o nosso sistema de justiça merece ser estudado e pensado".

Francisco Muteka, argumentou que não foi justa a condenação do arguido em um ano e dez meses de prisão, com efeito, suspensivo, por nada ter ficado provado durante o julgamento.

"Nada ficou provado. A defesa está parcialmente satisfeita com a decisão do tribunal, mas respeitamos. Seria melhor se de facto fosse absolvido. Era isso que esperávamos", concluiu Francisco Muteka.

De realçar que a soltura do activista Luther Campos "Luther King", foi passada na sala de audiência pelo juiz, portanto, deve voltar ao convívio familiar esta sexta-feira.

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