51 Pastores brasileiros da IURD são ruados de Angola
Os brasileiros têm de abandonar o país no prazo de oito dias.

Pelo menos, 51 missionários brasileiros afectos à antiga liderança da Igreja Universal do Reino de Deus, em Angola, estão notificados para abandonar o país no prazo de oito dias, por se encontrarem em situação migratória irregular, disse, ontem, ao Jornal de Angola, o porta-voz do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME).

O comissário Simão Milagre acrescentou que o SME recebeu da Igreja Universal do Reino de Deus, em Angola, uma lista com 51 missionários brasileiros com visto de permanência no país caducados.  "Não posso confirmar se são bispos, pastores ou obreiros, pois o dossier que recebemos não espelha isto e a Lei 13/19 de 23 de Maio, que regula o Regime Jurídico dos Estrangeiros em Angola, espelha que eles estão em situação irregular, razão pela qual devem abandonar o país nos próximos dias" disse.  

O porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Álvaro João, disse que a instituição ainda não foi notificada sobre a existência no país de missionários de nacionalidade brasileira em situação migratória irregular ."Depois de ouvirmos a notícia contactámos os nossos representantes junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), bem como os destacados no Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), que disseram que ainda não foram notificados". 

 Álvaro João acrescentou que, caso a lista chegue à PGR, os que estiverem implicados em algum crime ou em situação de declarante permanecerão no país até à conclusão dos processos.  Em declarações à Rádio Nacional de Angola, o pastor brasileiro Valdir de Sousa, que encabeçou uma delegação que se deslocou ao Serviço de Migração e Estrangeiros, confirmou que recebeu a notificação das autoridades.  "Recebemos a notificação de abandono do país e temos oito dias para sair de Angola, porque, supostamente, a Igreja Universal do Reino de Deus já não está a renovar as cartas de chamada para missionários brasileiros".  

O pastor Gime Inácio, porta-voz da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, esclareceu que a nova direcção não está contra os missionários brasileiros ou de qualquer outra nacionalidade, desde que se revejam na reforma da igreja.   Acrescentou que apenas um casal de pastores brasileiros manifestou interesse em aderir à reforma e decorrem os trâmites legais para prolongar a permanência no país.  Gime Inácio referiu que os integrantes da lista enviada ao Serviço de Migração e Estrangeiros têm os vistos expirados.   

A porta-voz da ala brasileira, Ivone Teixeira, confirmou que foram notificadas sete famílias, com 14 integrantes, entre pastores e obreiros.  A igreja já retomou os cultos em todas as províncias, com excepção de Benguela e Lunda-Sul, por aguardarem pela orientação das autoridades. 

REAÇÕES

1
   
1
   
0
   
1
   
0
   
1
   
1
   
1