12 companhias aéreas fogem de Angola
Contrariamente a um passado recente, após o advento da paz, alcançada no ano 2002, em que 22 companhias aéreas operavam para Angola, actualmente o número reduziu para 10.

Só ao longo da última década, quinze operadoras desistiram de Angola como destino preferencial, por custos operacionais e ou estratégias comerciais, agravada pela pandemia da Covid-19, que afectou gravemente o sector da aviação civil, devido ao encerramento de fronteiras, contribuindo para a redução drástica da demanda e perdas financeiras.

Por exemplo, deixaram de voar para este país da África Austral a LAM (Linhas Aéreas de Moçambique), a Air Namíbia, a South African Airways, a Arik Air (Nigéria), a Kenya Airways, a Varig (Viação Aérea Rio-Grandense, do Brasil), a Ibéria (Espanha) e a Houston (Estados Unidos da América).

 Para além destas companhias, e dentre outras motivações, cortaram também ligações com Luanda a British Airways (Reino Unido), a Aeroflot (Rússia), a KLM (Países Baixos/Holanda) e a China Airlines, essa última que usa, geralmente, aviões do tipo Boeing 777-300, B737-300 ou Boeing 787-8, Dreamliner, na sua maioria com frequências bissemanais ou trissemanais.

 Segundo fonte aeroportuária, parte destas companhias começou a desistir ou a suspender, paulatinamente, as suas operações em Angola, com o espoletar da crise económica e financeira mundial, em 2014. Algumas chegaram a decretar falência técnica e a desfazer-se das suas frotas de aeronaves.  

 Em consequência, a TAAG assumiu a transportação de passageiros de e para alguns países, enquanto para outros, sobretudo para a Europa e Ásia, partilha a operação com algumas companhias locais, com base em acordos de partilha (codeshare), tais como com a Cabo Verde Airlines, a Ibéria, a Brusseles Airlines e a Turkish Airlines.

 Porém, hoje, fruto da intensa diplomacia dos últimos cinco anos (2017-2022), da recuperação económica mundial e de uma maior abertura ao investimento e ao empresariado estrangeiro, felizmente algumas companhias vão regressando, e outras de referência internacional colocaram, pela primeira vez, Angola nas suas rotas.

 Dada também a estabilidade político-militar e as oportunidades de negócio, três novas companhias passaram a frequentar o aeroporto angolano, nos últimos cinco anos, nomeadamente a Airlink (da África do Sul), a Turkish Airlines e a Qatar Airways, com voos directos regulares e ligações para outros pontos a partir de Luanda.

 A par destas operadoras, voam, igualmente, para Angola a Ethiopian Airlines, a Royal Air Maroc, a TAP Air Portugal, a Lufthansa (Alemanha), a Air France, a Emirates (Emirados Árabes Unidos) e a Brussels Airlines (da Bélgica), que iniciou as operações para o país em 2002, suspendeu em 2019 e retornou em 2021.

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