O Ministério Público decidiu não prosseguir criminalmente contra Jean-Claude Bastos de Morais em troca da recuperação de todos os activos financeiros e não financeiros pertencentes ao Fundo Soberano de Angola que se encontravam sob gestão do ex-sócio de José Filomeno dos Santos e das empresas do grupo Quantum Global.
Numa nota enviada pela Procuradoria Geral da República pode ler-se que o valor global recuperado ascende aos 2.350 milhões de dólares norte-americanos domiciliados em contas do Reino Unido e das Ilhas Maurícias a que acresce património imobiliário avaliado em 1.000 milhões USD, constituído por empreendimentos hoteleiros, minas de ouro, fazendas e resorts, quer em Angola, quer no exterior.
O director-geral da Quantum Global, que durante o mandato de José Filomeno dos Santos foi a principal gestora dos activos do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), foi libertado esta sexta-feira.
Bastos de Morais, preso com José Filomeno dos Santos "Zénu" em Setembro do ano passado, "arriscava uma pena que poderia ir dos oito até aos 24 anos, tendo em conta a acumulação de crimes de que estava acusado", segundo Zola Bambi, advogado e presidente do Observatório de Coesão Social e Justiça.
O sócio de Zénu estava acusado de vários crimes, nomeadamente o de associação criminosa, de recebimento indevido de vantagem, corrupção e participação económica em negócios.
Sobre a situação de José Filomeno dos Santos, que se encontra ainda detido, o comunicado nada adianta.
Fonte: Novo Jornal