Refinaria de Cabinda vai custar 500 milhões de dólares
A construção da refinaria de Cabinda vai desenvolver-se em três fases, e vai custar 500 milhões de dólares (491 milhões de euros), dos quais 90% suportados pela Gemcorp e os restantes pelo Estado angolano, através da Sonaref.

P U B L I C I D A D E

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As informações foram avançadas na Terça-feira durante uma visita técnica a Malembo, nas proximidades de Cabinda, onde a refinaria será construída, na qual estiveram presentes o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, e o Governador de Cabinda, Marcos Nhunga, bem como representantes da Gemcorp e da Sonaref, subsidiária da Sonangol para a área refinação.

Segundo o ministro, foi necessário subdividir a construção em três fases, devido ao atraso que sofreu o projecto, prevendo-se a conclusão da primeira fase em 2021, altura em que deverão começar a ser produzidos 30 mil barris por dia (gasóleo e gasolina), metade da produção prevista.

Na segunda e terceira fases, vão ser processados outros 30 mil barris.

No total, o projecto deverá gerar a criação de 2.000 postos de trabalho na primeira fase, mais 1.500 nas fases seguintes, directos e indirectos.

Inicialmente, a construção foi adjudicada ao consórcio United Shine, mas a Sonangol petrolífera estatal angolana, anunciou ter rescindido o contrato alegando “incumprimento das ações acordadas” e “não garantia” de financiamento, entre outros aspectos.

Em Outubro, a Sonangol assinou um memorando de entendimento com a Gemcorp, um grupo de gestão de fundos de investimento sediado em Londres, que foi um dos maiores financiadores de Angola nos últimos anos do ex-presidente José Eduardo dos Santos e tem sido apontado pela imprensa angolana como estando envolvido num esquema de financiamento que lesou o Estado angolano em milhões de dólares.

É também na província de Cabinda, onde se concentra a maior parte da produção petrolífera angolana, que o ministério dos Recursos Minerais e Petróleo (MIREMPET) realiza na Quinta-feira o seu IV Conselho Consultivo.

Em análise vão estar temas como a competitividade, transparência e eficiência no subsector dos recursos minerais e no sector dos petróleos, debatidos por cerca de 250 participantes, incluindo responsáveis e técnicos do ministério e dos serviços tutelados, bem como operadores privados internacionais e outros especialistas.

LUSA

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