Rafael Marques acusado de injúria por publicar texto sobre corrupção
Rafael Marques, jornalista investigativo e activista dos direitos humanos de Angola, conhecido internacionalmente por seus relatos sobre a indústria de diamantes e a corrupção no governo de Angola, processado já por duas vezes.

Numa primeira vez, pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, depois da publicação do artigo "O batom da ditadura", em 2000 e depois pela Sociedade Mineira do Cuango Ltda, por difamação, em razão das denúncias contidas em seu livro Diamantes de Sangue.

Foi agora, mais uma vez, indiciado por injúria contra o Procurador-Geral pelo facto de ter publicado um texto no seu site “Maka Angola”, acusando João Maria de Sousa, de corrupção na concessão de um terreno no Kwanza-Sul.

Conforme o Novo Jornal, o processo tem como base a publicação de um texto no site Maka Angola. Em causa está um negócio de concessão de um terreno de três hectares, destinado à construção de um condomínio presidencial. Rafael Marques, ouvido pelo Departamento de Crimes Selectivos, do (SIC), confirmou que o texto possui os devidos fundamentos. “Escrevi o texto com base nos documentos em minha posse. Constam as suas assinaturas, o terreno existe, por isso não vejo como o procurador se sente injuriado”, disse o jornalista.

O texto intitulado “Procurador-Geral da República envolvido em corrupção’’, foi publicado em Outubro do ano corrente, fala sobre uma parcela de terra no município de Porto Amboim, na província do Kwanza-Sul. O autor afirma ter enviado, 16 dias antes da publicação, um questionário a João Maria de Sousa sobre o terreno, do qual não teve resposta.

VOA

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