"O que é certo é que, hoje, nenhum obstáculo constitucional, institucional ou mesmo político poderia impedir o regresso do ex-presidente Kabila, como candidato à eleição presidencial", disse à imprensa Nehemiah Mwilanya, o coordenador da Frente Comum para o Congo (FCC), partido do antigo chefe de Estado.
De acordo com o também antigo chefe do gabinete de Kabila, o antigo Presidente vai assumir, por agora, o papel de senador vitalício, um cargo atribuído aos antigos chefes de Estado da RDCongo.
A declaração foi feita no final de uma reunião de avaliação do Partido das Pessoas para a Reconstrução da Democracia (PPRD), em Lubumbashi, cidade no sudeste do país e com forte apoio a Kabila.
Nas eleições de Dezembro de 2018, Kabila foi sucedido por Félix Tshisekedi, filho do histórico líder da oposição Étienne Tshisekedi, com 38,57 % dos votos, de acordo com dados da Comissão Eleitoral Nacional Independente validados pelo Tribunal Constitucional.
Fonte: AngopA Constituição congolesa prevê que "o Presidente da República é eleito por sufrágio universal directo por um mandato de cinco anos, renovável uma única vez", o que dá ao Kabila possibilidade de regresso à liderança do país em 2023, findo o mandato de Tshisekedi.