Inaugurado em 2001, o hospital municipal de Cacuaco, conhecido também por Ana Paula, está sem medicamentos e materiais gastáveis para atender os pacientes, que compram os medicamentos e materiais gastáveis nas farmácias próximas do hospital, para serem atendidas.
A falta de energia tem dificultado também o trabalho dos profissionais deste hospital, motivo pelo qual vários pacientes são transferidos para outras unidades sanitárias de Luanda.
Numa ronda feita ontem pela equipa do nosso portal, foi visível o desespero de muitos cidadãos que procuravam assistência médica, mas, por falta de energia, materiais e medicamentos, os médicos recusavam-se atender.
Ao pé da sala de partos, os gritos de mulheres prestes a dar à luz, era audível no corredor principal. Familiares corriam desesperadamente para comprar materiais para realização do parto e velas.
“Só tem duas parteiras, o hospital não tem energia eléctrica e material para o parto. Tivemos de comprar velas e todos materiais, incluindo luvas que compramos a 300 kzs nas mãos das médicas”, disse o esposo de uma das parturientes, após a vinda de mais um membro na família.
As nossas lentes captaram, ainda o sistema corrupto existente nesta instituição. Além dos materiais e medicamentos comprados fora do hospital, os médicos têm cobrado 500 kzs pelo tratamento.