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As detenções partiram da Procuradoria-geral da República (PGR), no seguimento de um processo de burla por defraudação, abuso de confiança e especulação, que coincidem com queixas de escassez de adubos entre a classe produtora, embora se preconize uma colheita aceitável.
Duas fontes contactadas, ambas ligadas ao Ministério da Agricultura e Florestas, referem que a subvenção do Estado, com o saco a custar seis mil kwanzas, metade do preço praticado pelos fornecedores privados, tem alimentado esquemas de desvio de fertilizantes.
O produto aparece no chamado “mercado negro”, ficando o camponês associado, sem o incentivo à produção, tal como relatam as mesmas fontes, que falam em grandes quantidades desviadas.
No Bocoio, 110 quilómetros da cidade de Benguela, onde foram detidos os chefes das secções municipais da Agricultura e da Estacção de Desenvolvimento Agrário, José Domingos e Paulo da Silva Cabaça, associações de camponeses dizem que ainda não tiveram contacto com o plano de distribuição dos fertilizantes, quase cinco meses após a abertura da campanha agrícola.
Fonte: Sapo NotíciasA VOA avança que não conseguiu a versão da defesa dos agentes suspeitos, que viram o Ministério Público aplicar prisão preventiva como medida de coacção pessoal, conforme indica uma nota da Delegação do Interior distribuída à imprensa.