Família do ex-Presidente “travou” investimentos em Angola
A revelação é do responsável no Banco Europeu de Investimento (BEI) pelo financiamento de projectos, disse que o facto de a família do ex-Presidente José Eduardo dos Santos estar muito envolvida na economia, impossibilitou a realização de operações no país.

De acordo com à fonte da Angola-Online, à margem de uma conferência “Financing Investment in Africa”, realizada em parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Sociedade para o Desenvolvimento do Financiamento (Sofid), Brunno Maradei acrescentou que esse cenário já não acontece com o novo executivo, liderado pelo Presidente João Lourenço.

“Não podemos trabalhar muito com pessoas politicamente expostas, isso dificulta o processo. Como a família dos Santos estava muito presente na economia angolana até há pouco tempo, era difícil encontrar as companhias certas para trabalhar de uma maneira liberal”, disse Brunno Maradei.

O responsável fez saber ainda que o processo competitivo que muitos mercados a nível da Europa adoptavam, não funcionava em Angola. No seu entender, “os angolanos não queriam abrir o seu mercado às companhias europeias e isso causava-nos um problema, porque não podemos financiar esse tipo de projectos”. 

Desde a entrada em funções do novo Governo do Presidente João Lourenço, o panorama mudou, disse Brunno Maradei: “Isso já mudou bastante, eles estão a conversar com a nossa delegação europeia, a dizer que querem fazer esse tipo de contratação aberta, internacional, num processo competitivo, e assim podemos participar muito mais nesse tipo de projectos”, salientou.

O BEI é uma instituição multilateral de financiamento, actuando na implementação da política externa da União Europeia, tendo como principais objectivos para os investimentos, aliviar a pobreza e criar emprego.

Fonte: Lusa | Fotos: Arquivos

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